sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

LUA

Lua minguante
Sozinha, tristonha
No céu brilhante,
Um universo, 
Uma lua
Rima com verso
Mas está cheia
Do avesso
Me incendeia 
Lua dos poetas
Distante e fria
Da minha janela...





QUANDO FALA O SENTIMENTO

Ninguém sabe quando vai amar, que hora, lugar ou momento exato, o amor nasce do acaso de um olhar, sentimento que surge com a convivência, sem manual específico, há quem diga que seguir as regras do coração é a melhor escolha a ser feita, mas sem quebrar o encanto, veja bem quem escolheu para amar, afinal, como dizia Cartola: "O mundo é um moinho", sem pessimismo, as pessoas já não estão românticas como no século passado, não sei se é influência das tecnologias ou puro modismo, já não vejo pequenos gestos românticos, tais como levar flores, abrir a porta do carro, uma carta ou um simples "eu te amo" verdadeiramente! O "te amo" do século XXI é uma frase que o vento pode levar em vão, sem rumo, sem prumo... Amor de verdade, é para os corajosos, por isso ame sempre, mas pra valer veja bem quem vai amar!

SIMPLICIDADE...

Eu não tenho a sabedoria dos grandes mestres,
Nem a força de Hércules,
Nem tão pouco a inteligência de Albert Einstein,
Não sei pintar como Van Gogh,
Falta-me a beleza das rosas...
Mas tenho um brilho no olhar
Que parecem estrelas cintilantes
E um coração só pra te amar! 

Resumo do conto AMOR - Clarice Lispector

Relata a história de Ana, uma simples dona de casa entregue a uma vida de rotina, como por exemplo, cuidar dos filhos, da casa e do marido, com uma visão crítica a cerca do papel da mulher na sociedade.
A personagem Ana se preparava para um jantar que serviria à noite para os irmãos. Após fazer as compras voltava para casa, de bonde, quando um simples fato, “um cego mascando chiclete”, interrompe a sua rotina, a desperta para reações íntimas e por meio da imaginação, a sua rotina se rompe.
Ao refletir suas inquietações, sua dor, se deu conta da crueza do mundo, pensou na fome e sentiu asco, a piedade pelo cego era tão violenta como uma ânsia, assim o mundo lhe parecia sujo e perecível.
Suas angustias poderiam ser ânsia pela liberdade. A situação de desconforto era cada vez mais intensa, todos os questionamentos emergiam em sua mente, como assumir ou não a sua vontade de viver numa outra realidade, de sair deste mundo de convenções ou ignorar e deixar as coisas seguirem na mesma linha, continuar vivendo a mesma vida.
A personagem acaba se prendendo ao mundo ao qual já estava acostumada, por considerá-lo mais seguro, porém a sua consciência não continua a mesma, agora Ana consegue assumir sua própria identidade. Assim, possivelmente teria se identificado com o cego, pois ele representava o seu próprio reflexo, uma pessoa igualmente limitada.
Enfim, ao se dar conta da pessoa que havia se tornado surge uma nova identidade, a de uma mulher que fez sua escolha e que decidiu continuar a viver de acordo com suas decisões, que agora possuía voz perante a família e sociedade.

Jessica Luz